quarta-feira, 28 de maio de 2014

Tecnologia em Sistemas Biomédicos (curso)

O Curso de Graduação em Tecnologia de Sistemas Biomédicos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo tem como objetivo formar profissionais com habilidades para projetar e realizar a manutenção de aparelhos médico-hospitalares e desenvolver a aptidão para a prática de metodologia analítica e assessoria da administração no planejamento de laboratórios, tanto nas condições de instalação de equipamentos quanto na manutenção preventiva. Trata-se de um programa com duração de três anos, com apoio de toda a infraestrutura de um dos maiores complexos hospitalares públicos do país, a Santa Casa de São Paulo. Este curso para a formação de tecnólogos em Sistemas Biomédicos leva em consideração as diretrizes curriculares sugeridas pelo parecer CNE/CES 436/2001 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, homologado em 5/4/2001 e publicado em 6/4/2001 no Diário Oficial da União.

Atuação (*)
O tecnólogo em Sistemas Biomédicos é responsável por:
  • planejar, gerenciar, implantar e manter equipamentos clínicos e médico-hospitalares;
  • supervisionar e coordenar equipes de manutenção e otimização do uso de equipamentos eletromédicos;
  • assessorar a aquisição, executar a instalação, capacitar usuários de equipamentos e sistemas biomédicos;
  • participar de equipes de pesquisa aplicada.

Além disso, o tecnólogo em Sistemas Biomédicos pode implantar e controlar normas de segurança dos equipamentos nos serviços de saúde, atuando em hospitais, policlínicas, laboratórios, fabricantes e distribuidoras de equipamentos hospitalares.

1º Semestre - Ciclo Básico
Disciplinas
Anatomia Morfológica
Física Geral
Inglês Instrumental I
Cálculo I
Informática Instrumental I
Português Instrumental I
Metodologia de Pesquisa
 
2º Semestre - Ciclo Básico
Cálculo II
Bioestatística I
Química Geral
Inglês Instrumental II
Eletrônica Analógica e Digital I
Informática Instrumental II
Biofísica
Fisiologia Humana
 
3º Semestre - Ciclo Profissional
Eletrotécnica 
Bioestatística II  
Cálculo III 
Equipamentos Laboratoriais I   
Eletrônica Analógica e Digital II    
Física das Radiações
Fundamentos de Metrologia
Desenho Técnico 
Psicologia em Saúde
 
4º Semestre - Ciclo Profissional
Equipamentos Radiológicos
Tecnologia de Materiais
Sistemas Ópticos I
Desenho Assistido por Computador
Equipamentos Laboratoriais II
Bioética e Legislação
Fundamentos de Radioproteção
Equipamentos Médico-Hospitalares
 
5º Semestre - Ciclo Tecnológico
Engenharia Clínica
Gestão Hospitalar
Biomecânica
Instalações Elétricas I
Instalações Prediais
Gerenciamento da Manutenção
Sensores e Transdutores Médicos
Sistemas Ópticos II
Introdução à Libras
Estágio Supervisionado I
Trabalho de Conclusão de Curso I
 
6º Semestre - Ciclo Tecnológico
Instalações Elétricas II     
Dosimetria
Aplicação em PACS/RIS    
Controle de Qualidade         
Processamento de Sinais Biológicos
Sistemas Mecânicos de Precisão
Tecnologia de Automação
Estágio Supervisionado II
Trabalho de Conclusão de Curso II

Analises Clinicas (curso)

Sobre o Curso

Curso Técnico de Análises Clínicas tem como objetivo formar um profissional capacitado para auxiliar com qualidade no diagnóstico clínico.
Durante as aulas, são abordadas todas as áreas básicas de um laboratório de análises clínicas (urinálise, parasitologia, bioquímica, hematologia, microbiologia e sorologia).
Além do conhecimento e das informações mais específicas e atualizadas da área, também oferecemos conhecimento sobre as questões sociais e éticas que cabem a todo profissional laboratorista.
diagnóstico laboratorial contribui significativamente com a precisão do diagnóstico clínico, por isso é necessário um aprimoramento constante, principalmente devido às frequentes renovações biotecnológicas da área.
       Início:


      • Matutino: 04/08/2014
      • Vespertino: 04/08/2014
      • Noturno: 04/08/2014

    Mercado de Trabalho

    Técnico em Análises Clínicas é um profissional da saúde, capaz de atuar com eficiência em laboratório de análises clínicas, supervisionado pelo biomédico, bioquímico ou biólogo. Conheça algumas áreas de atuação desse profissional:
    • Indústrias de alimentos;
    • Indústrias de cosméticos;
    • Indústrias farmacêuticas;
    • Indústrias que produzem reagentes para laboratório;
    • Laboratórios clínicos;
    • Laboratório de Instituição de Ensino privada e pública.

    Biomedicina e Imagenologia



     
    Imagenologia é o estudo dos órgãos e sistemas do corpo humano através das diversas modalidades de exames de imagem, dentre as quais se destacam a radiologia convencional (raios X, radiografia simples ou contrastada), mamografia, ecografia ou ultrassonografia, densitometria óssea, tomografia, ressonância magnética, angiografia e arteriografia, medicina nuclear.

    O Biomédico na área de Radiodiagnóstico e Radioterapia terá oportunidade de trabalhar em Hospitais, Clínicas e Laboratórios que tenham em seus serviços equipamentos radiológicos tais como:
     
    - Aparelhos de raios-X;
    - Medicina Nuclear; 
    - Mamografia; 
    - Tomografia Computadorizada; 
    - Ressonância Magnética, dentre outros. 

    O Biomédico também poderá atuar na parte comercial onde irá executar vendas desses equipamentos.
     
    CARGA HORÁRIA
     
    A carga horária do Biomédico não deverá exceder a jornada de 36 horas semanais.
     
    PRÉ-REQUISITOS
     
    -Anatomia
    - Patologia
    - Fisiologia
    - Princípios físicos dos equipamentos
    - Teste de controle de qualidade
    - Formação de imagem
    - Protocolos de aquisição
    - Processamento de imagens

    Fonte: http://www.biomedicinapadrao.com/2010/01/biomedicina-e-imagenologia.html

    Infecções fungicas

    Infecções Fúngicas Subcutâneas

    Micetoma Eumicótico 

    Os micetomas eumicoticos ocorrem maioritariamente nos trópicos. Um micetoma é definido como um processo infeccioso localizado, crônico e granulomatoso envolvendo os tecidos cutâneos e subcutâneos. É caracterizado pela formação  de múltiplos granulomas e abcessos que contêm grandes agregados de hifas fúngicas. Estas hifas contem células que têm modificações marcadas de estrutura interna e externa, variando de novas duplicações da parede celular à formação de uma matriz extracelular cimentiforme dura. Os abcessos drenam-se externamente através da pele. O processo pode ser bastante extenso e deformante. Os agentes etiológicos do micetoma eumicotico abrangem uma ampla variedade de fungos.

    •  Sintomatologia
    
    Manifestação do micetoma eumicótico
    Os pacientes com micetoma eumicotico normalmente apresentam uma infecção de longa duração. A lesão inicial parece um nódulo subcutâneo pequeno e indolor que aumenta de tamanho lentamente. Durante o aumento do nódulo também aumenta a área afetada devido à inflamação. Com o passar do tempo os tratos sinusais aparecem sobre a superfície da pele e drenam um liquido serossanguineo. A infecção vai rompendo os tecidos e destrói localmente o músculo e osso.


    • Diagnóstico
    O principal aspecto para o diagnóstico do micotoma eumicotico é o aparecimento de grãos ou grânulos. Estes podem ser visíveis na drenagem dos tratos sinusais ou podem ser expressos numa lâmina de vidro ou então ainda por biopsia.


    • Tratamento
    O tratamento do micetoma eumicotico é, geralmente, sem sucesso. Resposta dos vários agentes etiológicos à anfotericina B, terbinafina, cetoconazol ou itraconazol é variável e, muitas vezes, fraca, ainda que possa diminuir a infecção. A excisão local é geralmente ineficaz ou impossível, sendo a amputação o único tratamento definitivo. Como geralmente estas infecções são lentas podem ser reduzidas também por terapia anti-fúngica específica. A decisão de amputar deve ter em consideração a rapidez da progressão, a sintomatologia, a disponibilidade da prótese adequada e as circunstâncias individuais do paciente. Por todas estas razões é imperativo diferenciar o micetoma eumicotico do actinomicotico. A terapia médica geralmente resolve os casos de micetoma actinomicotico.

    Sexo Bacteriano

    Bactérias podem trocar ou transferir DNA entre elas por três diferentes vias. Em todos os casos, as células que fornecem o DNA são chamadas de DOADORAS e as que recebem são denominadas RECEPTORAS. O DNA do doador é incorporado ao DNA do receptor por recombinação. Se a recombinação envolver um alelo diferente daquele presente no gene do receptor, o genoma e o fenótipo do segundo serão alterados. As três formas de transferência de DNA entre bactérias são:   TRANSFORMAÇÃOCONJUGAÇÃO e TRANSDUÇÃO.
    TRANSFORMAÇÃO
    O fenômeno da  transformação envolve um processo no qual o DNA (de uma célula doadora) livre no meio é tomado por uma segunda (receptora), resultando em alterações genotípicas nessa. Para a célula conseguir captar o DNA é necessário que a mesma encontre-se em estado de  competência  cálcio-dependente. O DNA adere-se à face externa da membrana celular bacteriana, quando então, DNA binding proteins e endonucleases clivam esse DNA em fragmentos de 6.000 – 8.000 bp. Algumas exonucleases clivam as pontes de hidrogênio estabelecidas entre os pares de base e separam as duas metades da dupla fita, para que somente uma entre na célula. Uma vez no citoplasma, o DNA alienígena ligado às DNA binding proteins (que evitam a digestão pelas DNAses) encontra o cromossomo da célula receptora ou um plasmídeo e ocorre a recombinação em sítios de homologia. Esse fenômeno pode ser observado em organismos Gram-positivos e em Gram-negativos.
    transformação 
    TRANSDUÇÃO
    O segundo meio de transferir DNA entre organismos envolve a mediação de vírus. Como você sabe, vírus bacterianos são chamados de  bacteriófagos, ou simplesmente  fagos, pela maioria dos microbiologistas.
    Um observador mais atento poderia questionar quanto ao emprego desses fagos na terapêutica de infecções bacterianas. Porem,  tal procedimento é ineficiente, uma vez que a resposta do sistema imune acaba por inativar o fago. Outro fator que inviabiliza tal utilização é a elevada especificidade que eles apresentam em relação as bactérias-alvo que irão atacar e destruir. Tal especificidade fez dos fagos ferramentas úteis na identificação de espécies bacterianas que causam infecções, uma vez que a fonte da infecção foi determinada.
    A capacidade dos fagos de carrear DNA  entre bactérias foi descoberta em 1952.
    transdução ocorre da seguinte maneira:
    1. Um fago infecta uma bactéria susceptível injetando seu DNA. 
    2. O DNA fágico induz a célula hospedeira a converter todo seu metabolismo para a síntese
    de novos fagos.
    3. Finalmente, ao término do ciclo lítico do fago, vários componentes das partículas virais, no citoplasma, são montados e a célula é lisada, liberando novos fagos infectivos.
    Antes de se discutir o mecanismo de  troca de DNA por conjugação, é necessária a compreensão do que são  plasmídeos. Plasmídeos são melhor entendidos, se os considerarmos como sendo mini-cromossomos que são compostos de DNA disposto em moléculas circulares que variam em extensão, mas cuja maioria contém entre 1.000 e 25.000 pares de base, contra os 4.000.000 bp do genoma cromossômico. Esses segmentos replicam-se de forma autônoma, e comumente, são encontradas várias cópias em uma única célula. Ainda, uma célula pode albergar diferentes plasmídeos ou conter nenhum.
    *Células doadoras devem carrear ao menos um único plasmídeo que contenha um grupo de genes que possibilite a conjugação. Esses plasmídeos são conhecidos como plasmídeos sexuais ou de  fertilidade e células que os possuem são chamadas de células  macho ou  F+, ao passo que aquelas que perdem ou não possuem tal plasmídeo passam a ser chamadas de células fêmeas ou F-. Os genes contidos nesses plasmídeos são responsáveis pela síntese de  pili proteicos especiais longos, finos e tubulares, em cujas extremidades livres possuem receptores que ligam-se firmemente
    à ligantes moleculares nas paredes de células F-.
    E. coli fazendo conjugação.

    • Durante o processo de montagem, alguns  erros ocasionais ocorrem e grandes segmentos de DNA bacteriano acabam por se incorporar no genoma do novo fago, em detrimento de porções do DNA do próprio vírus. Esses novos fagos são denominados fagos defectivos.
    Contudo, esses fagos defectivos ainda apresentam a capacidade de injetar seu DNA numa segunda bactéria. Uma vez que esses fagos, quase que exclusivamente, apresentam DNA somente da primeira bactéria, a infecção propriamente dita não ocorre.
    A recombinação pode ocorrer entre os segmentos de DNA da primeira célula e o DNA da nova célula, sendo que  alguns alelos carreados pelo fago defectivo podem tornar-se incorporados no novo genoma, com alteração do seu genótipo.
    transdução

    CONJUGAÇÃO
    PLASMÍDEOS 
    Plasmídeos geralmente carregam genes que  não são essenciais para a sobrevivência da célula, exceto em circunstâncias especiais. Por exemplo, muitos plasmídeos carream genes para resistência à antibiótico,  e quando esses plasmídeos estão presentes em uma célula, essa se torna não afetada por determinados antibióticos, mas se o plasmídeo e seu(s) gene(s) de resistência são perdidos (cura plasmidial), a célula hospedeira torna-se sensível a um(s) dado(s) antibiótico(s). Alguns plasmídeos carregam genes  de resistência à vários antibióticos, fazendo deles patógenos muito perigosos.
    Em  outro caso, plasmídeos denominados  plasmídeos de virulência, carregam genes de virulência que aumentam a possibilidade da célula bacteriana em causar doenças. Isso é, uma bactéria portando um plasmídeo com genes de virulência é capaz de causar uma determinada doença, mas quando esse plasmídeo é perdido, a mesma bactéria tornase incapaz de promover aquela patologia.
    Um bom exemplo de doença provocada por genes de virulência presentes em plasmídeos é a  Síndrome Urêmico-Hemolítica provocada pela cepa O157:H7  de Escherichia coli que desenvolve-se em alimentos cárneos e que quando ingerida induz a um quadro de falência de múltiplos órgãos.
    Outros plasmídeos carregam genes que protegem a célula bacteriana portadora contra a ação de substâncias  deletérias como mercúrio e cobre, ou ainda, carregam genes que tornam possível a metabolização de substratos não usuais como gasolina.
    CONJUGAÇÃO
    A descoberta da  conjugação,  a habilidade das células bacterianas em transferir DNA por contato físico, como forma de troca de material genético, no início da década de 1950, surpreendeu alguns cientistas devido à sua similaridade antropomórfica de troca de genes.
    As condições básicas para a conjugação são: 
    *Após a união de duas células com  reação sexual oposta através desses  pili, essas tornam-se unidas por meio de uma  “ponte conjugativa”  que passa a permitir a continuidade do conteúdo citoplasmático nessas duas células.
    *Uma enzima especial cliva uma das fitas do DNA do doador F+ em um único sítio e uma recém-sintetizada fita de DNA passa através da ponte conjugativa para o interior da célula receptora F-. Essa fita é convertida numa forma de fita dupla que esta apta a sofrer permuta com regiões de homologia no DNA da célula F-, por recombinação. A forma mais comum de conjugação envolve  a transferência de plasmídeos, de uma célula para outra, e se o plasmídeo transferido for um plasmídeo de fertilidade, a célula F- torna-se uma F+  que imediatamente começa a combinar-se com outras células F-. Alguns plasmídeos F+ conseguem incorporar-se no DNA genômico da célula receptora transformando essa numa  célula Hfr  (high frequency recombination).
    conjugação
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    Os Perigos da Automedicação

    Quem nunca tomou um remédio sem prescrição após uma dor de cabeça ou febre? Ou pediu opinião a um amigo sobre qual medicamento ingerir em determinadas ocasiões? A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.
    A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação. 

    O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.

    Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.

    O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

    Conceito

    Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. A definição foi proferida durante Conferência de Nairobi, Quênia, em 1985. 

    Tipos de Uso Irracional de Medicamentos
    • Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);
    • Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
    • Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais;
    • Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
    • Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que requer prescrição médica.
    Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS)
    • Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada.
    • Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais.
    • Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
    Ações para o Uso Racional de Medicamentos

    Ministério da Saúde criou, em março de 2007, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo.

    O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.

    Educanvisa 

    Com o objetivo de facilitar o aprendizado de temas complexos em saúde para o ensino fundamental, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou os jogos educativos Trilha da Saúde e Memória,disponíveis no site da Anvisa. O material didático serve como apoio ao aprendizado sobre propaganda e o uso racional de medicamentos.  

    O lançamento dos jogos educativos aconteceu em Santa Catarina, durante encontro realizado para apresentação do Programa Educanvisa, no projeto político-pedagógico das escolas para o biênio 2008/2009. A Educanvisa contempla orientações sobre o consumo responsável de medicamentos e de outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, além dos riscos da automedicação e da influência da propaganda enganosa, abusiva e errônea.

    Hospitais Sentinelas

    Para incentivar o uso racional de medicamentos, a Anvisa também desenvolve ações na área de farmacovigilância. Um exemplo é o programa Rede de Hospitais Sentinela, que reúne um conjunto de hospitais e unidades de todo o país. Cada hospital integrante da rede possui um responsável por notificar efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos.
    Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.

    segunda-feira, 26 de maio de 2014

    NAT (Nucleic Acid Technologies)


    O uso do NAT (Nucleic Acid Technologies) no Banco de Sangue

    Com o avanço tecnológico, a hemoterapia, ou medicina transfusional, como também é conhecida, está bem avançada, principalmente em relação aos exames sorológicos, que passaram a ser obrigatórios. Atualmente, o teste mais utilizado no país para controle de qualidade do sangue doado é o ELISA (Ensaio de Imunoabsorção Ligado à Enzima), que detecta o HIV em aproximadamente 22 dias após a infecção e o HCV (vírus da hepatite C) em aproximadamente 70 dias.

    Tabela de Comparação 


    Comparação entre as metodologias utilizadas em Banco de Sangue.

    Entretanto, há alguns anos, países desenvolvidos utilizam técnicas de biologia molecular para detecção de ácidos nucléicos (NAT) de agentes patogênicos transmissíveis por transfusão, principalmente para o HIV e HCV. No Brasil, alguns serviços hemoterápicos também já utilizam essa tecnologia na rotina de triagem laboratorial de doadores de sangue.

    O NAT (Teste de Ácido Nucléico) reduz o tempo de detecção do HIV para cerca de 6 a 10 dias e do HCV para 20 dias comparado com o grande tempo que se leva para detecção dos agentes pelo teste ELISA. A diferença entre os dois testes é que o NAT investiga o material genético do vírus, enquanto o ELISA verifica a presença de anticorpos contra o vírus no organismo. A vantagem do NAT é que ele encurta a janela imunológica, ou seja, período em que o vírus permanece indetectável em um indivíduo.




    HCV 



    Janela imunológica na infecção pelo HCV com os marcadores utilizados.
    Comprovadamente mais eficaz, o NAT, que utiliza tecnologia da biologia molecular, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para ser implantado em hemocentros do país, mas ainda encontra barreiras para ser adotado no Sistema Único de Saúde (SUS) e ter cobertura das operadoras de saúde.

    Uma das dificuldades encontradas é que a tecnologia do NAT aprovada pra uso no Brasil é importada, o que aumenta o custo, atrasando assim, sua adoção. Por isso, cientistas brasileiros já trabalham na criação de um kit molecular simples, automatizado e altamente sensível para a detecção simultânea do HIV e HCV.

    Existem várias outras ferramentas que devem ser utilizadas em paralelo ao NAT. Uma delas é a aplicação de boas práticas laboratoriais nos testes ELISA utilizada rotineiramente na triagem de doadores. E para diminuir ainda mais o risco residual de transmissão de HIV por transfusão sanguínea, além da introdução do exame, é preciso educar as pessoas a não procurarem os bancos de sangue para teste logo após comportamentos de risco.